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sexta-feira, 29 de junho de 2007


BUDA (Siddharta Gautama) (pali: Sod-dhatta Gotama) (560 a.C., Kapiiavastu, Terai nepalês, índia - Kushinara, hoje Kasia, Govakhpur, 480 a.C.). Fundador do budis­mo. Os textos relativos à existência de Buda não oferecem as garantias de autenticidade dos Evangelhos cristãos, variando segundo os países e as diversas escolas budistas, o que torna difícil determinar onde começa a verdade biográfica e termina a lenda. Tra­dicionalmente se aceita que foi filho do rajá Suddhodana, do clã dos Sakyas e de Maha-maya (ou Maya). Sua mãe morreu uma se­mana depois e a criança foi confiada a sua tia Mahprajpati que também era esposa de seu pai. Recebeu a instrução comum a todos os príncipes hindus vivendo no fausto e no luxo e aos 16 anos de idade casou-se com sua prima Yasohara, da qual teve um filho, Rábula. Mas Siddharta não era feliz, ator­mentando-o o enigma da existência com seus sofrimentos e ilusões, e foi assim que aos 29 anos de idade tomou a grande decisão. Abandonou a família, o poder e a riqueza; mudou as ricas vestes pela roupa de um mendigo e empreendeu a busca da liberta­ção. Primeiro teve como mestres dois iogues, Kalama e Ramaputra e mais tarde uniu-se a cinco ascetas com os quais se obrigou a terríveis mortificações. Seis anos depois, re­conhecendo que não havia feito nenhum pro­gresso espiritual satisfatório, tomou a deci­são de seguir um "caminho médio", tão afastado dos prazeres mundanos como do ascetismo. Esta reforma não produziu efeitos imediatos e continuou sua vida errante até que um dia, quando meditava sob a árvore chamada bodhi, em Urevala, recebeu a iluminação, convertendo-se em Buda. Perma­neceu neste local durante sete semanas "go­zando da bem-aventurança da emancipação" e lutando diante do dilema de guardar para si a sabedoria conquistada ou transmiti-la ao mundo. Saiu finalmente e deu a conhecer sua mensagem no célebre sermão de Benares no qual Buda definiu as quatro verdades san­tas. Durante os quarenta e cinco anos res­tantes de sua vida, consagrou-se exclusiva­mente em pregar o dharma, a lei, indo à aventura pêlos caminhos do Indostão. O nú­mero de seus fiéis cresceu constantemente, compreendendo todas as classes sociais. Converteu sua própria família e seu primo Ananda foi seu discípulo favorito. Ao sentir que ia morrer dedicou seus últimos momen­tos em consolar seus discípulos e a confir­mar-lhes suas certezas. Sob a direção de Ananda, seu cadáver foi incinerado com honras reais e suas relíquias foram enterra­das em nove lugares diferentes. Buda não deixou nada escrito mas as palavras a ele atribuídas formam compilações que foram traduzidas e recitadas em muitos idiomas. Extraordinário mestre espiritual, a Luz da Ásia, sua doutrina encontrou eco no cora­ção dos homens dando lugar à religião que conta no Oriente com milhões de prosélitos. Sua figura se destaca através dos séculos, mesmo para os não budistas como a mais humana e digna de universal admiração que a índia deu ao mundo. Buda recebeu muitos nomes honoríficos tais como Sakyamuni (o sábio dos Sakyas), Tathagata (perfeito) e Bhagavad (bem-aventurado). Os mais fa­mosos propagandistas de sua doutrina fo­ram Ananda, Shariputra, Maudgalyayana e Kasyapa, todos discípulos diretos. Entre os ricos tesouros de arte inspirados em sua vida e ensinamentos encontram-se as stupas erigidas pelo imperador Asoka, os afrescos
nas cavernas de Ajanta, milhares de estátuas — entre as quais a colossal de Daibutsu, Ja­pão — e inúmeros templos e santuários eri­gidos na índia, China, Sião, Burma e Japão. A bibliografia budista é extensíssima. Bib.: Hérmann Oldenberg, Buddha, Sein Leben, Seine Lehre, Seine Gomenide (Berlim, 1881) (muitas traduções) (o principal autor que apoia a existência histórica de Buda); Emile Senart, Essai sur Ia Légende du Bouddhc (Paris, 1873-75); E. W. Burlingame, Bud-dhist Legends Translated from the Original Pali Text of the Dhammapada Commentary (Cambridge, 1921, 3 vols.); R. Guyon, An-tologie Boudhique (Paris, 1924, 2 vob.); R. Pischel, Vida y Doctrina de Buddha (1927); S. Radhakrishnan, Gauíama Bud­dha (Londres, 1938); Edwin Arnold, La Luz de Ásia (Ed. Kier, Buenos Aires, 1943); J. Bacot, Lê Bouddha (Paris, 1947); A. Foucher, La Vie du Bouddha (Paris, 1949) (trad. espanhola, Budda, Biografias Gandesa, Barcelona-México, 1963); Id., Lês Viés An-térieures du Bouddha (Paris, 1955); Pablo Carus, El Evangelio dei Buddha (Ed. Orion, México, 1952); Raul A. Ruy, El Libro de Ia Gran Extinción de Gautama el Buddha (Ed. Hachette, Buenos Aires, 1953); C. W. Leadbeater, Historia y Doctrinas de Buddha (Ed. Saros, Buenos Aires, 1954); Maurice Percheron, Lê Bouddha et lê Bouddhisme (Bourges, 1956); Max Ladner, La Ense-nanza dei Buddha (La Mandrágora, Bue­nos Aires, 1959); Asvagosha Bodhisatva, El Evangelio de Buda (en Libros Sagrados de Oriente, Ed. Latinoamericana, México, 1960); M. P. Hall, Los Ensenanzas dei Glo­rioso Buddha (Ed. Kier, Buenos Aires, 1965); Walpola Rahula, Lo que el Buddha Ensenó (id., 1965).