terça-feira, 10 de julho de 2007



ALBERTO MAGNO (Albertus Magnus) (Conde de Bollstádt) (Lauingen, Suábia, 1206 - Colónia, 1280). Filósofo escolás­tico. Estudou em Pádua, recebendo instru­ção especial sobre os textos aristotélicos. Em 1223, ingressou na ordem dominicana estu­dando teologia em Bolonha. Eleito como orador de uma das casas da ordem em Co­lônia, ali ensinou durante vários anos como também em Hidelsheim, Friburgo, Ratisbona e Estrasburgo. Em 1245 foi a Paris e recebeu seu doutorado em teologia, ali, en­sinando durante certo tempo como famoso mestre de teologia e filosofia. Em 1254, foi provincial da ordem e, entre 1260 e 1262, bispo de Ratisbona. Passou seus últimos anos em diversas casas da ordem e entre seus últimos trabalhos figura sua defesa da ortodoxia de seu grande discípulo, São Tomás de Aquino. Canonizado em 1931. Obras: suas obras completas, publicadas em Lyon (1651) (edição moderna, em 38 to­mos, por A. Borgnet, Paris, 1830-99), abar­cam praticamente todos os ramos do saber, inclusive a cabala, interpretação dos sonhos e alquimia (De Rebus Metaliccis et Minera-libus; Concordantia Phüosophorum de La­pide Philosophica; Composiíum de Compo-sitis; De Alchimia, 1541 — atribuído). Em De Animalibus, ocupa-se extensamente da fisiognomonia. Alberto Magno, chamado o doctor universalis, foi o homem mais sábio e lido de seu tempo. Difundiu o sistema cien­tífico de Aristóteles na Europa e introduziu o aristotelismo na teologia. Mostrou excep­cional interesse na investigação das leis na­turais, produzindo notáveis fenômenos físi­cos e químicos que lhe acarretaram a fama de mago. Diz-se que podia alterar as condi­ções atmosféricas à sua vontade e, entre suas produções, contou-se um robô dotado de pa­lavra. Apaixonado pela alquimia do ponto de vista científico e experimental, sua obra relata com precisão um número importante de feitos positivos alquímicos, contribuindo para desenvolver na Europa o interesse por esta arte. Bib.: J. Sighart, Albertus Magnus, Sein Leben und Seine Wiessenschajt (Ratis-bona, 1857, trad. ing., Londres, 1876); V. Weddingen, Albert lê Grand, lê Maïtre de St. Thomas de Aquin (1881); A. Schneider, Die Psychologie Albert dês Grossen (1903-6); F. Strunz, Albertus Magnus (Viena, 1925).

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