CROWLEY, Aleister (Leamington, War-wickshire, Inglaterra, 1875 - Netherwood, Hastings, 1947). Ocultista e poeta. Seu verdadeiro nome era Edward Alexander, que trocou por Aleister. Criado no puritanismo da seita dos Irmãos de Plymouth, estudou, sem graduar-se, em Cambridge e desde cedo mostrou-se contra o cristianismo, orientando-se para a magia, encarada como meio de realização espiritual. Em 1898 ingressou naHermetic Order of the Golden Dawn, assumindo o nome de Perdurabo e escalando altos postos na mesma até conflitou com seu chete L. MacGregor Mathers. Membro da Ordo Templi Orientis (sociedade maçônica-rosa-cruz fundada em 1902 por Karl Keller), para a qual escreveu uma missa gnóstica. Em 1905 fundou sua própria sociedade, a As-trum Argenteum (A.A.), à qual consagrou-se por inteiro até morrer, escrevendo milhares de regras, rituais, instruções e orientações para seus discípulos. Foi o fundador da revista The Equinox (1909-1944), dedicada ao estudo do iluminismo científico e que era distribuída em Londres nos equinócios do outono e do inverno. Para fazer frente aos gastos de sua vida faustosa desempenhou diversas atividades. Serviu no Intelligence Service com pouco sucesso, de vez que foi expulso da Itália e da Alemanha; viajou pela Ásia, África e América e praticou o alpinismo tentando escalar o Kangchejunga na índia. Usou os pseudónimos de conde Vladi-mir Svareff, master Therion, príncipe Chioa Khan e Baphomet. Obras: Jephthah and Other Mysteries, Lyrical and Dramatic (1899); The Soul of Osiris (1901); Orpheus, a Lyrical Legend (1905); 777 (1909) (edição revista, The Neptune Press, Londres), sua mais importante obra sobre magia em forma de dicionário acerca do significado do alfabeto e dos números; Magick by the Master Therion; The Vision and the Voice; The Strategum and Other Stories; Moonchild (novela); The Confessions of Aleister Crowley (uma autobiografia editada por John Sy-monds and Kenneth Grant) (Ed. Jonathan Cape, Londres, 1969). Crowley, poeta, no-velista, mago, mestre de xadrez, ligado a drogas, sibarita, alpinista, foi uma das mais curiosas personalidades de sua época e talvez a mais combatida no campo do ocultismo. Sobre ele relata-se toda uma série de horrores (ritos pagãos, missas negras, assassínios rituais), enquanto outros atribuem-lhe grandes prodígios e poderes taumatúrgicos. Vangloriava-se de estar identificado com a besta do Apocalipse, como o arauto da nova era (Aeon de Horus). Relata-se que uma entidade desencarnada (Aiwass) ditou-lhe no Cairo em 1904 os 220 versos do Líber Legis, no qual baseou seu Magick, que contém o evangelho proclamado por Crowley para toda a humanidade: a Lei de Thelema. Sempre que teve oportunidade fundou cenáculos ou seitas ocultas. Cultivou a amizade de Rodin, A. Bennet e Somerset Maugham que fez dele a figura central de sua novela The Magician. Foi um poeta de notável poder inventivo e a maioria dos seus rituais mágicos está em versos. Bib.: C. R. Cam-mell, Aleister Crowley: The Man, The Mage, The Poet; John Symonds, The Great Beast. The Life of A. Crowley (Rider & Co. Londres, 1951); I. Regardie, The Eye in The Triangle (estudo biográfico pelo secretário de Crowley) (Llewellyn Publications, Saint-Paul, Minnesota); id., The Beast of Crowley (id.).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário